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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Educação a distância

Educação a distância é uma modalidade de educação mediada por tecnologias em que discentes e docentes estão separados espacial e/ou temporalmente, ou seja, não estão fisicamente presentes em um ambiente presencial de ensino-aprendizagem.

História

A EaD, em sua forma empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam frequentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade .
A EaD também é considerada um recurso que contempla as necessidades de desenvolvimento da autonomia do aluno. O desenvolvimento da autonomia é considerado, por teóricos tais como Jean Piaget e Constance Kamii, peça chave do processo de aprendizagem, no qual o aluno é o foco e o professor possui papel secundário, pois apenas orienta o aluno que por sua vez escolhe o ritmo e a maneira como quer estudar e aprender, de acordo com suas necessidades pessoais .

Os séculos XVII e XVIII

Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações científicas inauguraram uma nova era na arte de ensinar. Um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips .

O século XIX

Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.
Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Posteriormente, em 1873, em Boston, Anna Eliot Ticknor criou a Society to Encourage Study at Home. Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em Scarnton (Pensilvânia) o International Correspondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração .
Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus professores para organizar curso por correspondência nos serviços de extensão universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela Universidade.
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Já em 1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência, dando início ao famoso Instituto Hermod .

História Moderna

No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em virtude de um considerável aumento da demanda social por educação. O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo .
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.
Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim como mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc. .
Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que complementam outras formas presenciais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade Aberta oferece comercialmente somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes.

EaD no mundo

A Suécia registrou sua primeira experiência em 1833, com um curso de contabilidade. Na mesma época, fundou-se na Alemanha em 1856 o primeiro instituto de ensino de línguas por correspondência. O modelo de ensino foi iniciado na Inglaterra em 1840 e, em 1843, foi criada a Phonografic Corresponding Society. Fundada em 1969, a Open University mantém um sistema de consultoria, auxiliando outras nações a implementar uma educação a distância de qualidade. Também no século XIX, a EaD foi iniciada nos Estados Unidos na Illinois Wesleyan University.
Já no século XX, em 1974, a Universidade Aberta Allma Iqbal no Paquistão iniciou a formação de docentes via EaD. A partir de 1980, a Universidade Aberta de Sri Lanka passou a atender setores importantes para o desenvolvimento do país: profissões tecnológicas e formação docente. Na Tailândia, a Universidade Aberta Sukhothiai Thommathirat tem cerca de 400 mil estudantes em diferentes setores e modalidades.
Criada em 1984, a Universidade de Terbuka na Indonésia surgiu para atender forte demanda de estudos superiores, e prevê chegar a cinco milhões de estudantes. Já na Índia, criada em 1985, a Universidade Nacional Aberta Indira Gandhi tem objetivo de atender a demanda de ensino superior.
A Austrália é um dos países que mais investe em EaD, mas não tem nenhuma universidade especializada nesta modalidade. Nas universidades de Queensland, New England, Macquary, Murdoch e Deakin, a proporção de estudantes a distância é maior ou igual à de estudantes presenciais.
Na América Latina programas existentes incluem o Programa Universidade Aberta, inserido na Universidade Autônoma do México (criada em 1972), a Universidade Estatal a Distância da Costa Rica (de 1977), a Universidade Nacional Aberta da Venezuela (também de 1977) e a Universidade Estatal Aberta e a Distância da Colômbia (criada em 1983).

Brasil

No Brasil, desde a fundação do Instituto Radiotécnico Monitor, em 1939, hoje Instituto Monitor, depois do Instituto Universal Brasileiro, em 1941, e o Instituto Padre Reus em 1974, várias experiências de educação a distância foram iniciadas e levadas a termo com relativo sucesso. As experiências brasileiras, governamentais e privadas, foram muitas e representaram, nas últimas décadas, a mobilização de grandes contingentes de recursos. Os resultados do passado não foram suficientes para gerar um processo de aceitação governamental e social da modalidade de educação a distância no país. Porém, a realidade brasileira já mudou e o governo brasileiro criou leis e estabeleceu normas para a modalidade de educação a distância no país.
Em 1904, escolas internacionais, que eram instituições privadas, ofereciam cursos pagos, por correspondência. Em 1934, Edgard Roquette-Pinto instalou a Rádio-Escola Municipal no Rio de Janeiro no projeto para a então Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal dirigida por Anísio Teixeira integrando o rádio com o cinema educativo (Humberto Mauro), a biblioteca e o museu escolar numa pioneira proposta de educação a distância. Estudantes tinham acesso prévio a folhetos e esquemas de aulas. Utilizava também correspondência para contato com estudantes. Já em 1939 surgiu em São Paulo o Instituto Monitor, na época ainda com o nome Instituto Rádio­ Técnico Monitor. Dois anos mais tarde surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1944. Entretanto, em 1947 surge a Nova Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC, SESC e emissoras associadas.
Durante a década de 1960, com o Movimento de Educação de Base (MEB), Igreja Católica e Governo Federal utilizavam um sistema radio-educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista, etc.. Em 1970 surge o Projeto Minerva, um convênio entre Fundação Padre Landell de Moura e Fundação Padre Anchieta para produção de textos e programas. Dois anos mais tarde, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.
Na década de 1970, a Fundação Roberto Marinho começou a oferecer o telecurso, um programa de educação supletiva a distância para ensino fundamental e ensino médio. Essa foi uma maneira de incluir para educar, disponibilizando aulas transmitidas através da emissora de televisão Rede Globo para milhares de brasileiros que precisavam concluir o ensino básico, já que a televisão era, e é, o principal meio de comunicação no Brasil, com a maior cobertura.
Entre as décadas de 1970 e 1980, fundações privadas e organizações não-governamentais iniciaram a oferta de cursos supletivos a distância, no modelo de teleducação, com aulas via satélite complementadas por kits de materiais impressos, demarcando a chegada da segunda geração de EaD no país. A maior parte das Instituições de Ensino Superior brasileiras mobilizou-se para a EaD com o uso de novas tecnologias da comunicação e da informação somente na década de 1990. Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília (Lei 403/92), podendo atingir três campos distintos: a ampliação do conhecimento cultural com a organização de cursos específicos de acesso a todos, a educação continuada, reciclagem profissional às diversas categorias de trabalhadores e àqueles que já passaram pela universidade; e o ensino superior, englobando tanto a graduação como a pós-graduação. Em 1994, teve início a expansão da Internet no ambiente universitário. Dois anos depois, surgiu a primeira legislação específica para educação a distância no ensino superior. As bases legais para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamentada pelo decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que revogou os decretos n°2.494 de 10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial n°4.361 de 2004.
No decreto n°5.622 dita que, ficam obrigatórios os momentos presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso. Classifica os níveis de modalidades educacionais em educação básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior. Os cursos deverão ter a mesma duração definida para os cursos na modalidade presencial.
Os cursos poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma forma que cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos a distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas na modalidade a distância (básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior).

Tecnologias

Na educação a distância, professores e alunos estão conectados, interligados, por tecnologias chamadas telemáticas, como a internet e em especial as hipermídias, mas também podem ser utilizados outros recursos de comunicação, tais como carta, rádio, televisão, vídeo, CD-ROM, telefone, fax, celular, iPod, notebook etc.Veja algumas das tecnologias usadas na EAD.

Aspecto ideológico

A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço. Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação do Século XXI publicados pela UNESCO, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno. Na educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina .

Sistemática

Nesta modalidade de ensino estudantes e professores não necessitam estar presentes num local específico durante o período de formação. Desde os primórdios do ensino a distância, utiliza-se a correspondência postal para enviar material ao estudante, seja na forma escrita, em vídeos, cassetes áudio ou CD-ROMs, bem como a correção e comentários aos exercícios enviados, depois de feitos pelo estudante. Depois do advento da Internet, o e-mail e todos os recursos disponíveis na World Wide Web tornaram-se largamente utilizados, ampliando o campo de abrangência da EaD. Em alguns casos, é pedido ao estudante que esteja presente em determinados locais para realizar a sua avaliação. A presencialidade é muitas vezes necessária no processo de educação.

Metodologias utilizadas

No ensino a distância não deve haver diferença entre a metodologia utilizada no ensino presencial. As metodologias mais eficientes no ensino presencial são também as mais adequadas ao ensino a distância. O que muda, basicamente, não é a metodologia de ensino, mas a forma de comunicação. Isso implica afirmar que o simples uso de tecnologias avançadas não garante um ensino de qualidade, segundo as mais modernas concepções de ensino. As estratégias de ensino devem incorporar as novas formas de comunicação e, também, incorporar o potencial de informação da Internet.
A Educação apoiada pelas novas tecnologias digitais foi enormemente impulsionada assim que a banda larga começou a se firmar, e a Internet passou a ser potencialmente um veículo para a comunicação a distância.
A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço.

Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)

O ambiente virtual de aprendizagem ou LMS (Learning Management System) é um software baseado na Internet que facilita a gestão de cursos no ambiente virtual. Existem diversos programas disponíveis no mercado de forma gratuita ou não. O Blackboard é um exemplo de Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA pago e o Moodle é um sistema gratuito e de código aberto. Todo o conteúdo, interação entre os alunos e professores são realizado dentro deste ambiente. De acordo com Clark e Mayer(2007), os ambientes virtuais são elementos fundamentais na tarefa de ensino, porém carecem de suporte pedagógico adequado em relação ao processo de aprendizagem.

O professor como mediador na EaD

Nesse processo de aprendizagem, assim como no ensino regular o orientador ou o tutor da aprendizagem atua como "mediador", isto é, aquele que estabelece uma rede de comunicação e aprendizagem multidirecional, através de diferentes meios e recursos da tecnologia da comunicação, não podendo assim se desvincular do sistema educacional e deixar de cumprir funções pedagógicas no que se refere à construção da ambiência de aprendizagem. Essa mediação tem a tarefa adicional de vencer a distância física entre educador e o educando, que deverá ser autodisciplinado e automotivado para que possa superar os desafios e as dificuldades que surgirem durante o processo de ensino-aprendizagem.
Hoje se tem uma educação diferenciada como: presencial, semi-presencial e educação a distância. A presencial são os cursos regulares onde professores e alunos se encontram sempre numa instituição de ensino. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte a distância, utilizando tecnologia da informação.
As pessoas se deparam a cada dia com novos recursos trazidos por esta tecnologia que evolui rapidamente, atingindo os ramos das instituições de ensino. Falar de educação hoje, tem uma abrangência muito maior, e fica impossível não falar na educação sem nos remetermos à educação a distância, com todos os avanços tecnológicos proporcionando maior interatividade entre as pessoas. Utilizando os meios tecnológicos a EaD veio para derrubar tabus e começar uma nova era em termos de educação.
Esse tipo de aprendizagem não é mais uma alternativa para quem não faz uso da educação formal, mas se tornou uma modalidade de ensino de qualidade que possibilita a aprendizagem de um número maior de pessoas.
Antes a EaD não tinha credibilidade, era um assunto polêmico e trazia muitas divergências, mas hoje esse tipo de ensino vem conquistando o seu espaço. Porém, não é a modalidade de ensino que determina o aprendizado, seja ela presencial ou a distância, aprendizagem se tornou hoje sinônimo de esforço e dedicação de cada um.

Perspectivas atuais

Cabe às instituições que promovem o ensino a distância buscar desenvolver seus programas de acordo com os quatro pilares da educação, definidos pela Unesco.
Aprender a conviver diz respeito ao desenvolvimento da capacidade de aceitar a diversidade, conviver com as diferenças, estabelecer relações cordiais com a diversidade cultural respeitando-a e contribuindo para a harmonia mundial.

E-learning

O termo e-Learning é fruto de uma combinação ocorrida entre o ensino com auxílio da tecnologia e a educação a distância. Ambas modalidades convergiram para a educação online e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no e-Learning.
O ensino presencial, em sala de aula

Aplicações

Existem diversas aplicações da educação a distância. O ensino de ciências jurídicas e língua portuguesa já possuem aplicações bastante fundamentadas. Em 2006 foi lançado o projeto wikiversidade, ainda em fase experimental. Trata-se de um grande projeto de ensino colaborativo mediado pela internet com várias aplicações inclusive o nível superior.

Ensino jurídico a distância

O ensino jurídico a distância é o ensino da ciência do Direito a Distância, ou a aplicação da educação a distância à esta ciência.
O ensino jurídico por transmissão de imagens via satélite é largamente utilizado no Brasil por empresas de ensino jurídico, que erigem canais de TV digital via satélite para transmitir aulas para todo o território. Estas aulas tem o objetivo principal de preparação para concursos públicos, sendo uma área comercialmente lucrativa, visto que o ensino jurídico nas universidades nem sempre é de bom nível.
O ensino jurídico a distância é pouco utilizado pelas universidades brasileiras como alternativa e auxílio na formação dos estudantes para a vida prática profissional. É inegável a vantagem que existiria na associação de universidades públicas e particulares para a produção e distribuição de conteúdo jurídico.
No EaD, a aplicação individual do aprendizado sem a presença do professor

Língua portuguesa

O professor Sérgio Guidi foi um dos pioneiros no ensino a distância público no Brasil. De 1988 a 1993 o professor de Língua Portuguesa da Universidade Católica de Santos, em São Paulo, manteve cursos de atualização em Português Instrumental a Distância. Destinava-se a profissionais que tinham na língua portuguesa ferramenta de trabalho mas, em razão da ocupação laboriosa não podiam frequentar uma escola regular.
Através do sistema MINITEL, que no Brasil era chamado videotexto, dez capítulos de atualização na língua portuguesa foram criados como: grafia correta de palavras, acentuação gráfica, uso correto de expressões. Certificados eram emitidos para todo o país. Na Universidade Católica a elaboração dos conteúdos ficava a cargo do Laboratório de Telemática, fechado em 1995 pelo então diretor da Faculdade de Comunicação, professor Marco Antonio Batan.

Disponível em: 
< http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia>
Acesso em: 05 dez. 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Jogos

1- COMPLETE AS PALAVRAS:
COMPONENTES:
  1. Imagens Diversas, cujo nome possua duas sílabas;
  2. Sílabas que formam o nome das imagens digitadas no computador e  impressas;
  3. Papel cartaz;
  4. Contact.
CONFECÇÃO:
  • Corte o papel cartaz em cartões com tamanho de 8 cm de altura por 6 de  largura;
  • Cole as figuras em alguns cartões;
  • Cole as sílabas em outros cartões.
  • Cubra tudo com contact;
NÚMERO DE PARTICIPANTES: Pode ser jogado individualmente ou em duplas, uma  competindo contra a  outra
MODO DE JOGAR:
ü  A cada jogada o aluno ou a dupla deve virar 3 cartas, para marcar ponto  uma deve-se encontrar a figura e as sílabas que formam o nome daquela  figura;
ü  Ganha o jogo fizer mais pontos.
2-SILABANDO
COMPONENTES:
  1. Fichas com figuras
  2. Sílabas correspondentes aos nomes dessas figuras coladas em tampinhas de garrafa pet
  3. Embalagens de ovos.
FINALIDADE: formar o nome das figuras utilizando sílabas.
NÚMERO DE PARTICIPANTES: 4 jogadores
REGRAS:
ü  Dividir as fichas entre os jogadores;
ü  Colocar no centro da mesa todas as tampinhas com as sílabas;
ü  Cada jogador deverá procurar as tampinhas com as sílabas correspondentes aos nomes das figuras das suas fichas e encaixá-las na embalagem de ovos, formando o nome das figuras;
ü  Ganha o jogo quem formar primeiro todas as palavras correspondentes às suas figuras.

3-FORMAR PALAVRAS
COMPONENTES: Envelopes com figuras de revistas ou de cartilhas velhas coladas na frente, fichas com as letras e as sílabas que formam o nome desta figura dentro.
FINALIDADE: Formar o nome das figuras das duas maneiras, letra por letra e por sílabas.
NÚMERO DE PARTICIPANTES: Toda turma dividida em grupos.
REGRAS:
  • Distribuir os envelopes entre os grupos, podendo usar o critério da cor dos envelopes ou não.
  • Cada grupo deverá montar os nomes das figuras dos envelopes das duas formas existentes nos envelopes.
  • Depois de concluídas as montagens, cada grupo deverá fazer mímicas de cada palavra para que os outros grupos descubram as palavras formadas
  • Esse jogo propicia o desequilíbrio para formulação de novas hipóteses tanto para os alunos silábicos quanto para os alunos silábicos-alfabéticos.

4-TRILHA
COMPONENTES:
  1. 1 tabuleiro com uma trilha contendo 23 figuras (em ordem alfabética, com a letra inicial da palavra escrita ao lado)
  2. 23 envelopes com 3 palavras cada (uma das três palavras corresponde ao nome de uma das figuras da trilha e o envelope deve estar marcado com a letra inicial das palavras)
  3. 1 envelope com 6 cartas coringas
  4. 4 marcadores para a trilha ( para indicar em que casa o jogador está)
  5. 1 dado.
FINALIDADE: Ganha o jogador que chegar ao final da trilha.
NÚMERO DE PARTICIPANTES: 4 jogadores
REGRAS:
  • Joga-se o dado para decidir quem começará o jogo (quem tiver o maior número no dado deve ser o primeiro a jogar).
  • Espalham-se os envelopes sobre a mesa sem abri-los, deixando a letra inicial das palavras (que está escrita no envelope) virada para cima.
  • O primeiro jogador lança o dado e conta as casas que andará (correspondente ao número do dado).
  • O jogador verifica a figura que está na casa que ele está ocupando e procura o envelope com a letra inicial da palavra correspondente à figura.
    Dentro do envelope, o jogador encontrará três palavras e precisará indicar qual das três corresponde à palavra que identifica a figura da casa ocupada. Ele deverá colocar a palavra em cima da figura.
  • Se algum jogador perceber que a palavra não é a correta, deve gritar: “coringa”.
    O jogador que está com a carta na mão pega uma carta coringa. Se o coringa estiver sorrindo, ele terá a ajuda dos colegas para encontrar a palavra correta (o jogo só continuará quando os jogadores encontrarem a palavra correta). Se o coringa estiver triste, ele não terá direito a ajuda e o jogador que percebeu o erro terá que achar a palavra correta, mostrar para o grupo e andar uma casa.
  • O jogador que errou deverá voltar a sua posição inicial na trilha.
5-ALFABETO CONCRETO
Uma faixa com as letras do alfabeto. Cada bolso recebe uma figura, cujo o nome inicia com a letra que está no bloso.
Confeccionado em feltro.
Como jogar:
1 – Cada criança recebe um determinado número de figuras e deve organizar dentro dos bolsos.
2- Divididos em duas ou três equipes, cada uma recebe um número de figuras, quem organizar primeiro ganha um ponto.
3- Organizar livremente, de acordo com a letra inicial.
6-BINGO DAS LETRAS
O professor oferece uma cartela onde estão escritas as palavras faltando uma letra. De acordo com o sorteio, as crianças completam as palavras com o apoio do alfabeto móvel.
7-PESCARIA
OBJETIVO: Desenvolver a consciência silábica.
MATERIAIS NECESSÁRIOS: Caixa para pescaria, peixes com letras, anzol.
MODO DE JOGAR: O jogador retira de um envelope uma ficha com uma figura. O mesmo deverá encontrar o peixe que contém a letra que inicia a figura. Deve dizer o nome da figura, segmentando-a silabicamente e classificando-a pelo número de sílabas. Em seguida, deverá colocar o peixe no aquário adequado ao número de sílabas.  Podem ser somados pontos por acerto.

8-PIF DE PALAVRAS
OBJETIVO:Os alunos em fase de alfabetização vão adorar este jogo em que o objetivo é montar palavras usando cartões com letras.
MATERIAL:Desenhe no papel branco 112 quadros de 3,5 por 3,5 cm. Neles, escreva quatro alfabetos completos. Faça ainda oito curingas, que podem ser usados no lugar de qualquer vogal. Esse número de cartas é ideal para três jogadores.
COMO JOGAR: Para começar, as cartas devem ser viradas com a face para baixo e embaralhadas. Cada criança compra onze cartas e as demais ficam no monte. Vence quem primeiro formar três palavras usando as onze letras. Não importa o número de letras de cada palavra. A cada rodada, o jogador compra uma carta no monte. Se a letra se encaixar na palavra que está montando, a criança fica com ela e joga na mesa uma outra que tem em mãos, mas que não lhe serve. O próximo jogador pode pegar a letra descartada ou arriscar outra do monte. Caso o monte acabe antes que algum dos jogadores tenha conseguido seu objetivo, basta embaralhar as cartas que já foram viradas e colocá-las em jogo novamente.


Disponível em:
<https://coisasdenana.wordpress.com/tag/alfa/>
Acesso em: 01 dez. 2014

Artigo



A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Viviane Maristela Adams da Cruz[1]
RESUMO

          Embora não pareça para muitos professores e até mesmo para pais ou responsáveis, brincar é algo muito importante para a aprendizagem dos alunos da Educação Infantil, é através desse ato aparentemente desnecessário que a criança se socializa com os colegas, aprende a dividir, conviver em harmonia e desenvolve sua autonomia, além disso, a brincadeira permite que a criança imagine diferentes formas de fazer determinada atividades e assim ela reflete e aprimora seu conhecimento, tornando-se capaz de parar e pensar antes de realizar alguma atividade, evitando assim que a mesma seja realizada de qualquer jeito.

Palavras-chave: importante; aprendizagem; educação infantil;

RESUMEN

           Aunque parece que hay muchos profesores e incluso los padres o tutores, el juego es muy importante para el aprendizaje del estudiante desde el jardín de infantes, es a través de este acto aparentemente innecesario que el niño socializar con los compañeros, aprender a compartir, a vivir en armonía y desarrollar su autonomía, además, el juego permite al niño a imaginar diferentes formas de hacer ciertas actividades y por lo tanto refleja y refuerza sus conocimientos, por lo que es capaz de detenerse y pensar antes de emprender cualquier actividad, lo que impide que sea realizado de todos modos.

Palabras clave: importante; aprendizaje; educación de la primera infancia;



INTRODUÇÃO

O texto que se inicia fala sobre a importância do uso das brincadeiras na aprendizagem dos alunos da Educação Infantil, mostrando que mesmo que brincar pareça um ato a primeira vista sem sentido, tem sim sua forma de aproximar os alunos de uma aprendizagem mais concreta, além disso, ajuda no desenvolvimento individual e coletivo dos mesmos, escrevo o seguinte texto com base em minha experiência de dois anos com alunos de uma escola pública, onde realizei estágio remunerado vinculado à prefeitura municipal de São Francisco de Paula-RS, sendo que a mesma era justamente uma Escola de Educação Infantil, foi com essa experiência que mudei minha visão sobre o ato de brincar e aprendi que a brincadeira também é uma forma de ensinar e cabe ao professor utiliza-la como recurso para que a aprendizagem se concretize.
           

DESENVOLVIMENTO


A brincadeira que para muitos é considerada como um ato sem importância, sem sentido e até mesmo uma “perda de tempo”, tem muita importância no aprendizado das crianças, elas usam boa parte de seu tempo simplesmente brincando, e é durante a brincadeira que a mesma se solta, gasta energias, desenvolve sua coordenação e aprende como conviver, dividir, saber ouvir opiniões, a raciocinar, a cooperar, a ganhar e perder, entre outros aprendizados.
            É também a partir da brincadeira que a criança se expressa e interage com o mundo a sua volta, a brincadeira deve ser usada principalmente na Educação Infantil, pois nessa fase a criança ainda está aprendendo a diferenciar o real do imaginário, o concreto daquilo que não existe e é também nessa fase que a criança usando as brincadeiras começa a desenvolver sua autonomia.
Segundo RCNEI, 1998, vol. 1


Pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos. (p. 28)

        Quando brinca a criança usa sua imaginação e isso faz com que ela ao realizar alguma atividade reflita sobre a mesma, encontrando assim outras formas de desenvolvimento da mesma, esse ato de imaginar também desperta na criança a curiosidade, se ela imagina algo que faz com que ela pense em algum assunto específico, ou durante a brincadeira um colega conte uma história ou fale uma palavra que ela ainda não conhece, logo ela quer saber mais sobre o assunto, é nesse momento que ela vai até o professor perguntar do que se trata, nesse momento o professor tem a oportunidade de dialogar com ela, procurando sanar sua dúvida e pode aproveitar desta para introduzir algum conteúdo que tenha relação com o que foi perguntado, pode também abrir espaço para o diálogo entre eles, auxiliando assim não apenas na sua aprendizagem, mas na da turma como um todo.
     Conforme Freire 1996 “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (pág 12), a meu ver a brincadeira é uma boa maneira de possibilitar a construção do conhecimento, pois se o aluno brincar ele tem a oportunidade de criar, refletir, interagir e construir outros caminhos para sua aprendizagem.
          Mas para que a brincadeira tenha um real efeito sobre a aprendizagem cabe ao professor organizar diferentes maneiras de brincar, não basta deixar os alunos soltos brincando sem auxílio e orientação, na Educação Infantil de certa forma o professor precisa voltar a ser criança e participar das brincadeiras juntamente com os alunos, além disso, ele pode observar o desenvolvimento delas enquanto as mesmas brincam, com isso também é possível realizar a avaliação que deve acontecer diariamente e nessa fase cada detalhe deve ser observado, assim é possível verificar o que precisa ser acrescentado nas aulas para desenvolver todas as habilidades dos alunos, e isso precisa ser diariamente, pois nessa fase além da brincadeira a repetição também auxilia no desenvolvimento, eles não assimilam tudo de uma hora para a outra, precisa haver uma construção diária.
           Ainda segundo o RCNEI, 1998, vol. 1

É o adulto, na figura do professor, portanto, que, na instituição infantil, ajuda a estruturar o campo das brincadeiras na vida das crianças. Conseqüentemente é ele que organiza sua base estrutural, por meio da oferta de determinados objetos, fantasias, brinquedos ou jogos, da delimitação e arranjo dos espaços e do tempo para brincar. Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. (p. 28)

          O ato de brincar mais do que auxiliar na aprendizagem da criança, auxilia o professor na observação da mesma e assim ele pode trazer para a aula atividades variadas que ajudem na evolução da criança naquilo que ela ainda demonstra uma menor facilidade, também mostra se seu trabalho está fazendo efeito sobre os alunos ou não e com isso ele pode repensar sua prática e se for necessário reconstruí-la para que o aquilo que não está surtindo efeito passe a acontecer.
            Também é uma maneira de respeitar os direitos da mesma e não torná-la um sujeito sem escolhas, que aceita tudo e não demonstra vontade própria, é preciso formar pessoas com opinião, críticas e que lutem por um mundo melhor e esse aprendizado começa na brincadeira, crianças costumam ser muito francas, quando não gostam ou concordam com algo elas falam sem rodeios, isso é percebido durante as brincadeiras e é importante que ela exponha suas vontades, mas precisa saber também que nem sempre as coisas serão como ela gostaria, com os jogos ela aprende isso, pois se ela joga com outra criança aprende que nem sempre será só da sua maneira, mas que um dia será como ela gostaria e outro pode ser que não seja.
            Conforme o BBC 2012

A educação da criança pequena foi considerada, por muito tempo, como pouco importante, bastando que fossem cuidadas e alimentadas. Hoje, a educação da criança pequena integra o sistema público de educação. Ao fazer parte da primeira etapa da educação básica, ela é concebida como questão de direito, de cidadania e de qualidade. As interações e a brincadeira são consideradas eixos fundamentais para se educar com qualidade. A criança é cidadã – pode escolher e ter acesso aos brinquedos e às brincadeiras é um de seus direitos como cidadã. Mesmo sendo pequena e vulnerável ela sabe muitas coisas, toma decisões, escolhe o que quer fazer, olha e pega coisas que lhe interessam, interage com pessoas, expressa o que sabe fazer e mostra em seus gestos, em um olhar, em uma palavra, como compreende o mundo. (p. 11)

Atualmente a Educação Infantil é parte importante do ensino das crianças, é nessa fase que começa seu desenvolvimento que vai sendo aprimorado ao longo da sua vida escolar, ela tem direitos e não basta que o professor queira só cuidar dela, ele precisa também educa-la, brincando essa educação torna-se menos “agressiva” para a criança que está apenas começando sua jornada, aos poucos ela vai construindo novas aprendizagem, vai assimilando o que ela já sabe com determinada brincadeira e isso só acrescenta, pois ela faz associações que ficam em sua cabeça e depois quando necessário ela consegue lembrar com o que aquilo se relaciona.
Até mesmo os bebês por mais insignificante que possa parecer sua aprendizagem ela acontece todos os dias e quando seu professor, seus pais ou responsáveis brincam com ele, ele sente-se mais seguro e dia a dia vai acrescentando aquilo na sua rotina, ele passa a assimilar a brincadeira e aprender com ela, constrói seu mundo e sua forma de vê-lo.
Brincar é fundamental, pois desenvolve habilidades e ao mesmo tempo faz com que a criança seja de fato criança e é preciso que ela viva essa fase “criança de ser”, pois cada vez mais ela tem se tornado um adulto em miniatura, que vive correndo, cheia de atividades, maquiada, de salto, no computador o tempo todo e esquecendo-se do mais importante que é ser criança, viver essa etapa que depois que passar não tem mais volta e então por ter outras atividades ela acabou não realizando e deixando de aprender coisas que ficariam para sempre, que mais do que seu corpo desenvolveriam sua mente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            Mais do que um ato sem sentido, brincar é construir pessoas e permitir que elas se construam, se desconstruam,  se apropriem e desapropriem de tudo que ela desejar, é deixá-la agir por ela mesmo intermediando, mas jamais impedindo sua evolução, sua aprendizagem, a construção por ela mesma de seu conhecimento.
            É fundamental entender que brincar não é como muitos pensam perder tempo, mas que é sim uma forma divertida de aprendizagem, de interação com as pessoas próximas e com o mundo, a vida já cobra muito de todos nós e nos faz fazer coisas que nem sempre desejamos então porque antecipar isso as crianças, é melhor deixá-la viver, ser criança, aprender, desaprender e começar tudo novamente do jeito dela, com as escolhas dela, pois do contrário ela poderá tornar-se um adulto cheio de arrependimentos e saudades daquilo que não viveu, do contrário brincando ela aprende a resolver problemas que possam surgir futuramente de maneira fácil e não de maneira desesperada como muitos fazem, ela aprende a raciocinar e não fazer as coisas por impulso, mais do que isso ela aprende a ser um adulto que pensa e não apenas mais um na multidão.
            Brincar é construir diariamente maneiras diferentes de viver cada dia e torná-os mais alegres, leves, desafiantes e ricos para que assim as crianças de hoje sejam o futuro mais “colorido” de amanhã.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

LIVROS:

BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. Vol. 1 Introdução, 101 p.

BRASIL. Brinquedos e Brincadeiras de Creches: manual de orientação pedagógica. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC/SEB, 2012. 158 p.

FREIRE Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. – São Paulo: Paz e Terra, 1996. ed.  25ª  – (Coleção Leitura). 54 p.



[1] Acadêmica do 8º semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UFPEL.




Este texto foi feito pensando na Educação Infantil onde tive a oportunidade de trabalhar por dois anos com o estágio remunerado vinculado a Prefeitura de meu município.

Gênero e Sexualidade e Espaço Escolar

Nome: Pâmela Rocha de Ávila

Turma: 4D
Na sociedade este assunto sobre Gênero e Sexualidade ainda levanta muitas polêmicas, pois é difícil de algumas pessoas aceitarem o fato de que mulheres podem fazer serviços que seriam para homens, e homens podem fazer atividades que seriam para as mulheres.

Muitas vezes, a identificação do gênero Identidade sexual de algumas pessoas fica escondida, pois tem medo de se revelar e ver as consequências para com as pessoas que não aceitam as opiniões das outras, que querem fazer parte de tal identidade de gênero em que se encaixam assim como nos mostra o seguinte trecho:

“Os processos de discriminação costuma ter, na sociedade ocidental, uma sutileza que dificulta sua identificação. Eles se encontram, muitas vezes nas “entrelinhas” dos discursos, nas rotinas, nos costumes, perpetuando-se nas relações sociais. É uma “tática” silenciosa tão poderosa que fazem com que esses processos pareçam naturais”. (FACCO, Lúcia - Toda palavra 2011).

No cotidiano escolar o professor tem um papel importante neste assunto onde se deve tomar cuidado para que não aconteça o “preconceito”, partindo primeiramente de seus atos, não precisando dividir a turma na fila, entre meninos e meninas, na hora das atividades dar liberdade para que as crianças façam suas próprias escolhas se quer participar de tal e tal atividade, abrindo espaço para que se debatam e que os próprios alunos percebam que não há diferenças no ambiente escolar.

“Desintegrar essas práticas sociais vai exigir “um processo consciente, cuidadoso e sistemático de desnaturalização, sensibilização, reflexão e ação no plano pessoal e coletivo” [...] Trata-se de um processo complexo e de longo prazo.” (CANDAU, 2003, p.100-101).

Nesses tempos mais modernos tanto aluno como professor devem abrir seus pensamentos à diversidade em que o mundo nos inseriu, percebendo que cada pessoa tem seu gênero sexual, seu partido politico, ou seja, sua própria opinião, não é só porque ela preferiu isto ou aquilo que ela é diferente, somos todos seres humanos e pessoas que se inserem em diferentes tipos de grupos.
“Novas”, identidades culturais obrigam a reconhecer que a cultura, longe de ser homogênea e monolítica, é de fato, complexa, múltipla, desarmoniosa, descontinua”. (FACCO, Lúcia - Toda palavra 2011).

A escola e todo o grupo escolar devem cada vez mais deve abordar o assunto de diferenças, seja as diferenças sociais, raciais ou de sexualidade, pois o aluno deve estar aberto ao mundo, a viver em uma sociedade justa, que possui muitas pluralidades, solidaria que ajuda diferentes tipos de povos e equilibrada onde não se deixa levar por qualquer opinião que não seja a que se te, sendo indivíduos de igualde e justiça desenvolvendo culturas democráticas e que participam ativamente na sociedade.

Bibliografia:
LOURO, Guacira Lopes. Currículo, gênero e sexualidade: o “normal”, o “diferente” e o Excêntrico”. In: LOURO, Guacira Lopes. NECKEL, Jane FELIPE. GOELLNER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 3ª ed. – Petropolis, RJ: Vozes, 2007.
FACCO, Lúcia. A escola como questionadora de um currículo homofóbico. In: SILVA, Joseli Maria. SILVA, Augusto Cesar Pinheiro da. (org) Espaço, gênero e poder: conectando fronteiras. Ponta Grossa, Todapalavra. 2011

RESENHA CRITICA SOBRE SEXUALIDADE, que aborda os mitos e estereótipos baseados em um ideal único de mulher ou homem e suas implicações na ESCOLA, e qual deve ser o papel do professor frente às situações de exclusão, preconceitos e discriminação. COM BASE NA AUTORA LÚCIA FACCO.