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domingo, 30 de novembro de 2014

DOCÊNCIA E SUA PRÁTICA



UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
RS BRASIL
EAD/LPD




DOCÊNCIA E SUA PRÁTICA







Meline Aparecida Dias





Taquara, Junho de 2014.


PÓLO SÃO FRANCISCO DE PAULA
T4 D


MELINE APARECIDA DIAS









DOCÊNCIA E SUA PRÁTICA







Não há saber mais ou saber menos. Há saberes diferentes.”
Paulo freire.











TAQUARA, 2014.

                                            INTRODUÇÃO



Este presente artigo traz o relato, do estágio realizado na escola Estadual de Ensino Fundamental Tristão Monteiro, e tem como objetivo mostrar que este processo se dá através de uma grade curricular, determinada pela instituição de ensino superior a qual estou em processo de formação na UFPEL, sendo uma atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e de intervenção na realidade, pois é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá. Assim a mesma tem como objetivo mostrar a prática da docência em sala aula, o estágio aconteceu com uma turma de segundo ano, que tinha uma grande heterogeneidade entre seus saberes, na sua aprendizagem. Então através da pesquisa e ação estarei apresentando as problematizações vivenciadas neste período e quais foram os caminhos percorridos para dar conta neste sentido. Com isso, podemos ter uma base do que podemos encontrar em uma sala de aula, assim como as pluralidades que a mesma apresenta.

Palavras-chave: Prática Pedagógica; Estágio; Formação docente.


























Pluralidades Múltiplas da Turma


Para iniciar este artigo posso relatar que me deparei com uma heterogeneidade com os alunos na questão da aprendizagem, pois após de muitas observações iniciais, acompanhando a professora titular na sala de aula, pude perceber que alguns alunos estavam em diferentes estágios, o que de inicio não me trouxe tanta preocupação, pois pensava que estas multiplicidades não iriam interferir nas aulas, mas no decorrer do planejamento fomos percebendo que ali estava uma condição que deveríamos dar conta. Mas a pergunta que ficava na minha cabeça como fazer? Como devo proceder com esta situação, e certa de que não tinha experiência nenhuma neste sentido, comecei a estudar os sujeitos e quais eram seus objetos de estudo. Então como vimos ao longo do curso, que devemos perceber a realidade do nosso educando, sua vida social, seu histórico, seu saber, sua comunidade e como ele se vê dentro dela, mas esta percepção do entorno, de nosso aluno não é no sentido de bisbilhotar sua vida, mas sim com uma proposta de poder ajudar este sujeito em sua aprendizagem.
Pois sabemos que são muitos os fatores que implicam na aprendizagem do educando, assim como sua particularidade que a envolvem, e neste sentido devemos respeitar seu tempo, sua forma de aprender, pois é esta a pedagogia que queremos praticar em nossa docência. Para isso devemos permitir que nossos educandos tivessem espaço para expressar o que pensa e o que sabe, como diz Paulo Freire (1997).
Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho.”

 Como estamos falando em respeitar o tempo de cada ser, assim ao me deparar com tantas heterogeneidades de muitos alunos, cada um com sua historia com sua dificuldade, posso relatar alguns casos como a aluna A: Sabe copiar, mas não sabe o que esta copiando, reconhece muito pouco às letras, um fato que aconteceu, na atividade do ditado ilustrado, a mesma escreveu de forma aleatória as letras e ao questiona-la se estava correta, após a correção no quadro, ela disse que estava certo, então vimos que a sua escrita não condizia com a figura. B: Não reconhece as letras e tem muita dificuldade na copia do quadro, onde leva uma aula inteira para fazer uma atividade. C: Este menino possui um histórico de um acidente domiciliar onde o mesmo sofreu um trauma na cabeça e com isso surgiram outros problemas que automaticamente afetaram seu aprendizado, antes deste episodio o mesmo dominava a escrita e a oralidade. Possui dificuldade em reconhecer e copiar as letras, não tem muita visibilidade de um olho e necessita de muita atenção e incentivo na hora de fazer as atividades. D: Disperso, se perde ao prestar atenção em outras coisas, necessitando sempre de incentivo e atenção, porém ele tem conhecimento das letras. E: Não tem domínio das letras, a oralidade dela sempre traz um T, não consegue formar silabas, necessitando de auxilio, sempre pergunta quando não sabe. F: Não sabe as silabas, mas conhece as letras e pede ajuda para formar as palavras, e muito inquieta. G: Tem um histórico de violência e surtos, tem episódios que ele agride os colegas, pois quer atenção toda para ele, segundo a professora titular já teve muita melhora, mas necessita de auxilio direto para fazer as atividades, reconhece as letras, já forma silaba e já esta tentando ler. Então para dar conta de tantas pluralidades trabalhava junto sempre em sua classe auxiliando os alunos nas tarefas e neste ponto também tinha que dar conta dos alunos que estavam aptos a todas as tarefas, assim pedia para que os mesmos ajudassem seus colegas nas tarefas, pois tinha que dar atenção a todos, e as tarefas era a mesma para todos, pois não seria viável trazer outro tipo de tarefa para os outros, assim logo os demais poderiam caçoar de seus colegas por que não estavam fazendo o mesmo trabalho, ou ate mesmo querer fazer o que o colega estava realizando, então para evitar tais constrangimentos optei por trabalhar auxiliando o aluno e sua classe, quero dizer que não é uma tarefa fácil, pois todos querem atenção, mas consegui efetuar meu auxilio com todos que precisavam.
Ao planejar as ações que fariam com que os educandos pudessem adquirir o conhecimento proposto pela grade curricular, que seria a alfabetização dos mesmos, não foi uma tarefa muito fácil, pois ate então nossas habilidades estavam voltadas à educação infantil, onde somente o lúdico predominava, então você se depara com uma grade curricular, onde terás que dar conta de muitas outras disciplinas que já começam a envolver seus educandos, teve que ter muita intencionalidade para a ação que pretendia trabalhar com eles. Com isso no planejamento procurei trazer atividades lúdicas, pois ao longo das observações percebi que as crianças estavam muito condicionadas a copia, tudo muito mecânico, sem alegria sem dinâmica, então desenvolvi no planejamento ações bem dinâmicas, como ditado ilustrado trazendo imagens que eles estavam acostumados a ver em seu dia a dia, assim eles começaram a relacionar as letras com tais imagens, e os que já dominavam adoraram também este tipo de atividade, pois era algo diferente, ficavam entusiasmados para fazer a atividade proposta, nas atividades como recortes, trabalho com tintas, produção da maquete foi muito gratificante perceber o quanto eles estavam dispostos nestas ações. Trabalhei bastante leitura com eles, mas não somente ler para eles, mas sim leituras com entonações de voz, gesticulando movimentos, trazendo as crianças para dentro da historia, fazendo com que eles participassem da leitura na forma como eles sabiam.
Assim posso dizer que as crianças tiveram grande participação nas aulas sempre querendo interagir, e questionado o porquê das ações. Percebeu-se a aprendizagem de todos,  cada um do seu jeito, pois sabemos que não existe a não aprendizagem, existe tempos e formas diferentes de aprender, e esse deve ser o nosso foco como mediador das ações, auxiliando nossos educados na sua aprendizagem, seja ela da forma que for importante para meu aluno. Pois Freire (2002) nos fala:
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”
Nesta construção de planejamento sempre procurei relacionar o mesmo com a proposta do Projeto Politico Pedagógicos, onde visa o crescimento intelectual de seus alunos, oferecendo ao educando uma formação escolar básica sistematizada e de qualidade nas áreas do conhecimento básicos, buscando aperfeiçoar e atualizar a clientela escolar, gerando seres humanos integrados, inteligentes, participativos, fraternos, com espírito crítico e capaz de se libertarem mutuamente dos condicionamentos. Neste sentido busquei sempre trabalhar a autonomia dos educandos, como Freire nos coloca na pedagogia da autonomia, fazendo com que os mesmos participassem de forma ativa nas atividades propostas e não somente impondo atividades, pois eram questionados sobre os seus sabres e o que gostariam de aprender, assim como tinham liberdade para questionar sempre que achavam necessário, este desenvolvimento aconteceu durante todo o período do estagio, pois a missão da escola é de formar seres capazes de opinar e julgar seus atos.
Com essa proposta de autonomia percebi que muitos alunos evoluíram de alguma forma, os que não reconheciam bem as letras, já começavam a relacionar ela com mais facilidade, aqueles que necessitavam de incentivo para desenvolver as atividades com mais atenção, se mostraram mais atenciosos em alguns momentos, os alunos que terminavam logo as tarefas se mostravam dispostos a ajudar seus colegas, com isso se sentiam importantes e capazes de ajudar. Enfim era um trabalho de construção de conhecimento, pois ninguém sabe tudo, sempre temos algo mais para apender e ensinar. E a realidade deles me fez perceber o quanto cada um aprende ou ensina de forma diferente e acredito que todo o meu conhecimento que adquiri durante a minha formação só veio a acrescentar na aprendizagem dos educandos. Pois a minha aprendizagem sempre esteve em conhecer a realidade do meu aluno, de ter um senso investigativo, de respeitar o outro, a sua historia e sua vivencia, e neste sentido pude perceber durante o estagio o que cada um tinha pra me ensinar, seja qual forma for, pois assim pude perceber o que cada aluno queria me dizer, me ensinar a ensinar ele, assim me senti mediadora da aprendizagem dos mesmos.
Essa mediação de aprendizado foi acontecendo, conforme discutimos quais ações seria viável para o aprendizado satisfatório para os educandos, neste sentido a troca de vivencias com outros colegas, também foi de grande ajuda, pois sempre surgia alguma dinâmica nova para aplicar com eles, e esta proposta podia ser ate mesmo em arrumar as classes de outra forma, pois estavam sempre na mesmice de um atrás do outro, a produção de um cartaz trazia muita satisfação dos mesmos. Não posso afirmar que tais ações possam ter interferido na aprendizagem dos alunos, pois minha experiência não e vasta, mas posso afirmar que algum diferencial trouxe para a vida deles, que seja pelos menos momento alegres ou diferentes, mas tocaram eles de alguma forma, pois eram os únicos recursos que tínhamos para que nossas crianças adquirissem algum conhecimento, éramos nós com as possibilidades que tínhamos na sala de aula. Então podemos dizer que o crescimento foi mutuo de ambas as partes, o professor como mediador da construção dos saberes.





 Considerações Finais
 Este estágio só veio a acrescentar em meu aprendizado, pois é onde vivenciamos o que realmente acontece em sala de aula, é na prática que podemos colocar tudo o que aprendemos, e como dar vida a tantas leituras a tantas ansiedades, ali você esta vendo na integra tudo o que acontece, e tudo que pode acontecer, este estagio teve como objetivo nos fortalecer para um futuro muito próximo, onde estamos sedentas para fazer a pedagogia acontecer como estamos vendo ao longo desses anos de estudo.
Posso concluir que ser um professor mediador de conhecimentos, exige muito estudo, pesquisa, ação, ter conhecimento da realidade dos educandos, e em todos os sentidos que se fazem, para então por interligar disciplinas, projeto politico pedagógico e matrizes  curriculares, e assim poder transferir o conhecimento do objeto proposto. Pois nessa caminhada tive muitas dificuldades em deixar esses itens bem harmônicos, pois como acontece na grande maioria, nem sempre o que é proposto por uma matriz curricular condiz com a realidade da turma a qual estamos trabalhando. Com isso devemos sempre interligar estes pontos, para que tudo fique de forma equilibrada, e assim os educandos possam adquirir o conhecimento.
Na pratica pude perceber o quanto a metodologia dialética se faz necessária, para que nossos educandos se tornem capazes de reagir na sociedade, e este método que pretendo desenvolver em minha docência, buscando sempre trabalhar esses pontos que Vasconcellos nos fala na leitura, e que são fundamentais para que o educando adquira conhecimento, que são: mobilização para o conhecimento, construção do conhecimento e elaboração da síntese do conhecimento. Pois,
O método dialético de conhecimento em sala de aula se pauta, pois, pela construção do conhecimento a partir do movimento do pensamento que vai do abstrato (enquanto indeterminado, com relações não apreendidas) ao concreto (de pensamento).”
Sendo assim após esta vivencia na escola, pude perceber a importância da formação continuada e do constante do aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação e da própria prática. Este estágio contribuiu para meu crescimento e desenvolvimento intelectual na minha formação.












Referencias bibliográfica e/ou consultadas



VASCONCELLOS, Celso dos S.. Metodologia Dialética em Sala de Aula. In: Revista de Educação AEC. Brasília: abril de 1992 (n. 83).

PRÁTICA DOCENTE II Reflexão Primeira Semana.  Meline e Pâmela.
Sites:



sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Jogo

]
Disponível em: 
 <http://dicasdatiamaira.blogspot.com.br/2013/09/sugestoes-para-jogos-de-sucata.html>
Acesso em: 28 nov. 2014

Os desafios escolares




OS DESAFIOS ESCOLARES
: CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR

Viviane Maristela Adams da Cruz

                                     CARACTERIZAÇÃO ESCOLAR

A Escola Municipal de Educação Infantil Nossa Senhora do Rosário, está localizada na Rua 31 de março, número 26, Bairro Campo do Meio.
Atende alunos de 4 meses a 5 anos e 11 meses no horário das 6:30 da manhã às 18:00 da tarde, sendo que as turmas são divididas pela respectiva idade das crianças.
Ainda é uma escola “jovem”, pois tem apenas 3 anos, anteriormente a sua construção os alunos do município frequentavam a única escola de educação infantil existente a “Vó Bemvinda”, porém não haviam muitas vagas, após sua construção foi feito o zoneamento que dividi os bairros entre as duas escolas, com isso mais crianças tiveram a oportunidade de frequentar a escola infantil.
Em relação aos espaços físicos, a escola conta com sete salas de aula, sendo que cada uma tem seu próprio banheiro dentro da sala, com exceção dos jardins que fica no corredor, juntamente com o trocador que foi instalado para o uso dos alunos da inclusão, outras quatro das sete salas também contam com um trocador dentro do banheiro, além disso, existe uma sala para o DVD onde também são feitas as apresentações de dia das mães, dos pais, natal, etc, uma brinquedoteca que fica nos fundos da sala de DVD, um refeitório, uma cozinha para o preparo dos alimentos e outra para a limpeza dos utensílios de cozinha, a lavanderia, a sala da coordenação, da secretária, do intervalo das professoras, o banheiro das professoras, dois depósitos, um porão, um solário, uma sacada e o pátio fechado com uma parte de piso de concreto e o restante gramado.
Esses espaços são como a “segunda casa” das crianças, pois é nele que elas passam grande parte do seu dia, algumas chegam as 06h30min e só saem às 18h00min.
Então é lá que elas aprendem desde pequenos a dividir o espaço com os colegas, os brinquedos, o “colinho” das professoras, a esperar sua vez, a organizar seus pertences e os da escola, a importância de fazer sua higienização, de mastigar bem os alimentos, do descanso, enfim aprendem a ter uma rotina.
A meu ver as salas dos jardins são pequenas para o número de alunos e dificulta um pouco as brincadeiras já que a cidade é bastante fria e elas precisam ser realizadas na sala.
Mesmo assim as crianças aprenderam muito bem como dividir esse espaço, assim como as professoras que mantém em todas as salas trabalhos dos alunos, letras, desenhos, objetos presos ao teto principalmente no berçário com a intenção de que as crianças queiram alcança-los e consequentemente fiquem de pé aprendendo assim a caminhar.
Além disso, nas salas dos jardins os livros estão sempre ao alcance das crianças que podem manuseá-los e observa-los, desenvolvendo assim um interesse maior pela leitura.
Em todas as salas os nomes deles ficam anexados na parede onde colocam suas mochilas assim eles vão criando uma maior atenção com seus pertences e cuidando para que não se misturem, desenvolvendo assim sua autonomia.
O Slide a organização do trabalho pedagógico diz:

Nossa experiência na escola mostra-nos que a criança de seis anos encontra-se no espaço de interseção da educação infantil com o ensino fundamental. Sendo assim, o planejamento de ensino deve prever aquelas diferenças e também atividades que alternem movimentos, tempos e espaços. (pág 11)

Sendo assim a escola faz com que as crianças aprendam a dividir os espaços, da mesma maneira que utilizam esses espaços para interagir e compartilhar seus conhecimentos com os colegas.
Em relação à estrutura de organização do trabalho, a escola abre as 06h30min e logo chegam às primeiras crianças, segundo um termo de compromisso feito pela escola e assinado pelos pais as crianças só podem entrar até as 08h10min, depois desse horário só é possível a entrada se os pais avisaram antes que levariam a criança mais tarde com alguma justificativa, como levá-la ao médico.
Após a chegada as crianças seguem a rotina de cada sala, respeitando os horários de café da manhã, lanche, almoço, sono e mamadeira para os que dormem, lanche da tarde e à hora da fruta, até as 18h00min quando e escola fecha.
Além disso, existem horários montados na parte da manhã e da tarde para a hora do dvd, da brinquedoteca e do pátio, distribuídos durante a semana para que não cause confusão.
A escola participa do projeto agrinho, que é feito apenas com os jardins, onde é trabalhado o conteúdo do livrinho e cada um deve fazer um desenho, entre esses desenhos é escolhido apenas um que é enviado para o concurso.
Também participa do projeto ler, que da mesma maneira do agrinho é somente com os jardins, onde a professora recebe os jornais com assuntos variados como folclore e halloween e pode usar as histórias encontradas ali para auxiliar no seu planejamento.
Na escola existem os seguintes grupos de dança, a invernadinha e os anos 60, além disso, os mesmos que dançam nesses grupos são encaixados em outras apresentações, geralmente eles se apresentam nos seminários realizados pela prefeitura municipal, na festa do pinhão, às vezes na abertura do ano letivo, em outras escolas ou para outros eventos que são convidados.
A avaliação é feita através de pareceres descritivos.
No calendário escolar constam as datas de reuniões pedagógicas, com os pais, do conselho escolar, da formação dos professores e também as datas comemorativas que são divididas por turma, ficando essa responsável pela decoração da escola na sua data.
Cada turma além de decorar a escola pode montar uma festa, brincadeiras, um teatro, enfim o que elas combinarem para reunir todos os alunos, o que às vezes também é feito com cada turma na sua sala.
Conforme citado sobre o trabalho com os “livrinhos” de o projeto ler, Juliana diz:
Os manuais escolares e, mais especificamente, os livros didáticos, fazem parte da nossa vida escolar desde muito cedo: da cartilha às apostilas de cursinhos pré-vestibulares. Os usos que a eles atribuímos são os mais variados: desde a obtenção de conhecimentos e informações até a mera utilização de figuras para um trabalho escolar. (pág 3)

Nesse caso esses livrinhos são usados para que os alunos possam manuseá-los e mais tarde levá-los para casa e ao mesmo tempo auxilia o professor na hora de planejar, visto que nesses livrinhos existem várias histórias que vem em cada data comemorativa específica, isso também colabora para que os alunos percebam como variado é o nosso folclore, por exemplo, sendo que neles existem muitas músicas, lendas e historinhas sobre ele.
Em relação às linguagens, as crianças usam a oralidade quando estão contando alguma história seja do fim de semana, seja de um livro ou criadas por eles mesmos.
Demonstram gostar muito de contar histórias, às vezes pedem para a professora se podem contar uma história aos colegas.
A professora sempre incentiva a participação de todos nas rodas de conversa, outras vezes ela monta a roda de conversa, conta uma história para eles e pede que dramatizem essa história da maneira delas, então ela vai contando a história novamente, pausadamente enquanto eles imitam, executam os gestos e sons.
A musicalidade também faz parte do desenvolvimento deles, tanto nas apresentações como nas brincadeiras e danças livres na sala de aula.
Notei que se sentem realizados quando estão trabalhando com pintura ou massa de modelar, ali soltam sua imaginação de várias maneiras, com a massa montam animais, brinquedos e acontecimentos que vivenciam no dia a dia.
Outra atividade proposta pela professora e que parece chamar muita atenção das crianças são as realizadas no pátio da escola com uso de bolas e bambolês, as realizam com grande alegria.
Na brinquedoteca eles gostam de interagir com as fantasias, criando e imitando personagens, até mesmo alguns de suas novelas preferidas.
Além disso, interagem com os brinquedos conversando e imaginando situações, seja na casinha ou na cozinha.
Demonstram grande habilidade na montagem de jogos de memória com letras e gostam de escrever palavras com letras de e.v.a.
Os menores também são incentivados desde pequenos tanto no caminhar, quanto na alimentação, na própria troca de fraldas as professoras conversam com eles explicando e mostrando o que está fazendo.
Está citado às diferentes formas como as crianças a usam no cotidiano escolar, Pró-Letramento (2008) diz:

                        A língua é um sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz através de textos ou discursos, falados ou escritos. Isso significa que esse sistema depende da interlocução (inter+locução = ação lingüística entre sujeitos). (pág 9)
Partindo dessa concepção, uma proposta de ensino de língua deve valorizar o uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de funções e sua variedade de estilos e modos de falar. Para estar de acordo com essa concepção, é importante que o trabalho em sala de aula se organize em torno do uso e que privilegie a reflexão dos alunos sobre as diferentes possibilidades de emprego da língua.
Sendo assim as linguagens existentes dentro da sala de aula são as mais variadas, já que é usada a leitura da professora e interpretação dos alunos, a musicalização, a oralidade onde os alunos podem contar e criar suas próprias histórias e também “ler” livrinhos aos colegas.
Em relação a aprendizagem, o planejamento é semanal, sempre efatizando um conteúdo por semana, como existem quatro professoras em cada turma, duas na parte da manhã e duas na parte da tarde, é preciso que elas combinem o que será
trabalhado para que as crianças não fiquem confusas com um tipo de atividades em cada turno.
Em todas as turmas as crianças demonstram um tipo de curiosidade, os bebês em relação a locomoção, até onde eles podem ir, com isso estão sempre se “desafiando”, tentando descobrir até onde são capazes de ir, os maternais tem uma relação maior com histórias e músicas, já nos jardins as curiosidades são em relação ao que está escrito ou como escrever.
Os alunos aprendem basicamente com a rotina seguida dia a dia, onde são desenvolvidas atividades para estimular o caminhar, a fala, a expressão corporal, a motricidade ampla e fina.
As histórias também fazem parte de todas as turmas, sendo sempre adequada a idade das crianças.
Nos jardins já acontece um maior desenvolvimento da escrita e da leitura e o uso de livros, jornais e revistas se torna maior.
Nessa fase eles são preparados para passar para o primeiro ano, sendo ensinados números, letras, cores, formas, etc..
Para isso são usados jogos pedagógicos, alguns prontos outros feitos por eles mesmos, brincadeiras, músicas, histórias, materiais de contegem, recontes, etc.
Geralmente as brincadeiras e histórias são relacionadas ao assunto que está sendo trabalhado, dessa maneira eles conseguem entender melhor o que está sendo explicado, pois fazem associações entre o conteúdo passado e as histórias ou brincadeiras.
Assim também é possível uma melhor memorização, pois com a associação eles conseguem lembrar mais do que foi explicado.

Sobre o uso de um planejamento semanal para as turmas, Celso diz:

                                Sem planejamento, embora cheios de boa vontade, falta a definição mais precisa do que queremos mesmo (para não ficar na mera repetição da tradição ou de modismo), falta clareza dos limites, dos complexos condicionantes concretos a que estamos submetidos (que vão muito além das meras queixas e catarses), bem como das possibilidades presentes. Assim, não teremos base para estabelecer um bom plano de ação, de forma a que a ação transformadora venha a acontecer. (pág 2)
                      
Dessa forma o planejamento se torna um grande aliado do professor, pois não basta ele chegar à sala de aula sem saber o que quer e que está fazendo ali, pois assim os alunos não sentiram firmeza no que o professor está dizendo e acabam se dispersando e consequentemente perdendo o interesse pelo que está sendo falado.
Em relação a avaliação, ela ocorre todos os dias, sendo que a cada três meses é escrito um parecer descritivo sobre as crianças, onde consta sua evolução, suas brincadeiras, alimentos, atividades preferidas, também o que a criança aprendeu ao longo do tempo, o que ela já consegue fazer sozinha, etc.
Para essa avaliação as quatro professoras de cada turma devem observar e fazer anotações sobre as crianças e depois é dividido o número de alunos entre elas através de sorteio e cada uma escreve daqueles que pegou, depois elas trocam entre si os pareceres escritos para que todas possam observar e rabiscar o que faltou ou o que não concordou para então montar o parecer final.
Essa maneira de avaliação faz com que os professores percebam em que seus alunos melhoraram ou o que elas precisam fazer para que eles evoluam naquilo que ainda não evoluíram.
Três pareceres são entregues nas reuniões com os pais, onde também são explicados os itens existentes nele.
Além disso, nas reuniões são tiradas dúvidas dos pais e entregue os trabalhinhos feitos pelos alunos no último trimestre.
O quarto e último parecer é entregue na porta no penúltimo dia de aula, juntamente com a pasta de trabalhos feitos ao longo do ano.
Delia (2002) diz: “Ao diminuir a pressão do controle, torna-se possível avaliar aprendizagens que antes não ocorriam: como o professor não comunicar de imediato sua opinião.” (pág13)
Ao avaliar constantemente, observando e evitando falar diretamente ao aluno, esse vai pensando e o professor consegue perceber em que nível ele está e até onde pode ir, dessa maneira a avaliação se torna parte do ato de ensinar e não apenas uma maneira de “forçar” o aluno a aprender ou simplesmente a decorar para ter uma boa avaliação.
Em relação aos momentos pedagógicos, na brinquedoteca as crianças têm a oportunidade de brincar com jogos que auxiliam na aprendizagem, são brinquedos que auxiliam tanto os bebês que são os de encaixe assim eles começam a ter uma noção dos espaços, os maiores podem brincar com jogos de quebra-cabeça, memória, encaixe, montagem, entre outros.
Na hora do dvd eles tem a oportunidade de interagir com desenhos com músicas, desenhos lúdicos que pedem que batam palmas, pulem, façam adivinhações, etc..
Eles também saem em alguns momentos para assistirem peças de teatro, de histórias, de dança ou com bonecos.
Os passeios perto da escola também auxiliam no conhecimento do bairro, de alguns pontos da cidade, de como caminhar nas ruas, mas esses passeios mais longos só são permitidos para os alunos dos jardins, os maternais podem caminhar em lugares próximos e os berçários no máximo na quadra da escola ou no pátio.
Tudo isso colabora para uma vivência das crianças com outras realidades que não somente a da sala de aula, de casa ou das demais dependências da escola.
O slide arrematando alguns fios diz:

Sabemos que o processo de aprendizagem se diferencia de criança para criança como resultado de processos sócio-culturais, neurológico, psicológicos, emocionais e cognitivos.
Ainda, reconhecemos que este processo ocorre a partir de mediações diferentes, não sendo possível eleger uma metodologia de trabalho como a mais adequada para todo e qualquer aluno. (ROSA e SILVA, 2012) (pág 7)

Sendo assim é preciso que o aluno viva muitas experiências além das encontradas dentro da sala de aula, pois assim ele poderá entender que nada é igual e que nem mesmo ele e seus colegas são iguais, que existem sim diferenças, variedades e gostos diferentes.
Da mesma maneira o professor consegue observar quais são os interesses de seus alunos, do que ele mais gosta e com o que ele mais se identifica, acrescentando mais e facilitando sua aprendizagem.
Em relação aos espaços de formação docente, a formação docente acontece de duas maneiras, na reunião pedagógica feita a cada três meses para todos os professores da escola, onde são passados recados sobre o andamento da mesma, mostrado os materiais pedagógicos existentes na escola e discutido entre eles maneiras para usar aqueles materiais e também troca de idéias para trabalhar assuntos variados.
A outra é a formação mensal oferecida pela secretaria municipal de educação, nessa os encontros são divididos por turmas e participam todos os professores do município, além de educação infantil também é feita com o ensino fundamental.
Algumas vezes essa formação é com todos os professores das turmas juntos, mas isso só acontece quando é sobre algum assunto que seja de interesse comum de todos.
Essa formação auxilia no fato de que o professor recebe mais informações de como passar os conhecimentos aos alunos, e como “lidar” com as necessidades deles.
São abordados assuntos como o desenvolvimento da fala, como incentivá-lo a caminhar, além disso, acontecem palestras com fonoaudióloga, nutricionista, entre outros.
Isso tem papel importante na aprendizagem das crianças, pois com a aprendizagem dos professores eles terão mais embasamento de como trabalhar e de entender cada fase da criança para assim saber se ela está ou não se desenvolvendo “adequadamente” para a idade dela.
Sobre a formação dos professores da escola, Rogéria diz:

A docência é efetivada no momento em que o professor vai deparando-se com a tarefa de organizar o processo de ensino tendo em vista o processo de aprendizagem dos alunos.
Este movimento, de certo, lhe imprime um necessário processo de formação permanente, tendo em vista que há necessidade de melhor conhecer sobre o ensino e sobre a aprendizagem para fazer opções mais condizentes com a proposta pedagógica idealizada. Em outras palavras, a fim de concretizar o que se planeja, é preciso investir constantemente em novas buscas, buscas de novos conhecimentos. (pág 1)


É importante que os professores estejam sempre em busca de conhecimentos novos, estarem atualizando suas informações, para assim poder desenvolver melhor a própria aprendizagem dos alunos.
Um professor com conhecimentos novos e variados é capaz de desenvolver melhor novas maneiras de estender a aprendizagem a todos os alunos, fazendo com que todos aprendam.

: PROPOSTA PARA A ESCOLA

Notei que na escola não existe uma biblioteca e um parquinho, creio que ambos seriam importantes no desenvolvimento das crianças.
Na biblioteca eles poderiam observar os mais diversos mundos que os livros propõem, deveria conter além dos livros tradicionais, livros que interajam com as crianças, como os que contam uma história e apertando nos botões é possível ouvir os sons dos animais ou objetos.
Com esses recursos as crianças poderiam ter uma aproximação maior da realidade e entenderiam melhor o que os livros propõem.
A escola até conta com livros, porém eles ficam em caixas dentro da coordenação e não em um espaço adequado ao uso comum dos alunos.
Com o parquinho as crianças poderiam desenvolver melhor sua coordenação, teriam mais opções de brincadeiras quando saem para o pátio.
Outra coisa que tornaria o pátio da escola mais abrangente a imaginação das crianças seria uma caixa de areia e uma casinha, assim elas poderiam ter um maior contato com a terra e as sensações diferentes e na casinha poderiam desenvolver mais sua imaginação e entenderiam cada vez mais a importância de dividir com os colegas até mesmo os pequenos espaços.
A escola até já teve um projeto de construir a brinquedoteca e ao lado a biblioteca, porém só recebeu liberação para a brinquedoteca que contaria com objetos mais leves já que ambas seriam construídas no salão e por esse conter entre o chão e o teto das salas toda a fiação da escola não foi liberado a construção da biblioteca devido ao peso.
Dessa forma creio que a única forma da escola contar com uma biblioteca seria construindo um espaço adequado para ela, já que todos os espaços estão ocupados.
Esse espaço ficaria mais adequado na parte de traz da escola onde não atrapalharia nem o espaço de brincadeiras da escola nem as janelas da sala, e deveriam fazer como foi feito a brinquedoteca, juntando recursos do conselho através de rifas e promoções realizadas por eles.
Noto que os últimos alunos que ficam na escola perto do horário da saída gostam de folhar, observar e “ler” os poucos livros que ficam em uma estante na secretaria, por isso acho a biblioteca importante já que de certa forma a falta dela está limitando a aproximação dos alunos aos livros, se ela existisse seria possível que eles fossem mais vezes observá-los e ao mesmo tempo ir se aproximando cada vez mais da leitura.
Da mesma forma deveria ser feito o parquinho, porém esse poderia ser conseguido junto a prefeitura, já que eles já construíram alguns nos bairros a escola deveria ir em busca de um para a escola.
O parquinho ajudaria no desenvolvimento físico e motor das crianças, assim como ajudaria para que tenham mais opções de brincadeiras dentro das dependências dela, já que existe um parque próximo a ela, mas só é possível que os maiores saiam para ir até lá.
Com ele dentro da escola seria possível que até mesmo os menores pudessem começar a “testar seus limites” dentro dele.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARTIGO:

FERRARO Juliana Ricarte. A produção dos livros didáticos: uma reflexão sobre imagem, texto e autoria. Cadernos do CEOM.  Ano 25, n. 34 - Arquivos e tecnologias digitais.

LIVROS:

LERNER Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002. 120p.

PRÓ-LETRAMENTO: Programa de formação continuada de professore dos anos/séries iniciais do ensino fundamental: alfabetização e linguagem. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 362 p.


SITES:

SILVA Rogéria Novo da. Indicadores para avaliação de processos/instrumentos de mediação pedagógica. Disponível em: <moodle.ufpel.edu.br>. Acesso em: 07 ago. 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. Site construído e mantido pelo Centro de Informática, [2012]. Disponível em: <http://moodle.ufpel.edu.br/lpd/course/view.php?id=39> Acesso em: 27 nov. 2012
Tópico 2: Slide Arrematando alguns fios: articulações necessárias para pensar o planejamento.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. Site construído e mantido pelo Centro de Informática, [2012]. Disponível em: <http://moodle.ufpel.edu.br/lpd/course/view.php?id=68> Acesso em: 27 nov. 2012. Tópico 8: Slide A organização do trabalho pedagógico: alfabetização e letramento como eixos orientadores.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Coordenação do Trabalho Pedagógico. O projeto de ensino-aprendizagem como instrumento de gestão do trabalho em sala de aula. Disponível em: <moodle.ufpel.edu.br>. Acesso em: 11 set. 2012


 Este texto foi feito pensando na escola onde realizei minha parceria durante o curso de Licenciatura em Pedagogia.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Matemática




Disponível em: http://alfabetizacaocefaproponteselacerda.blogspot.com.br/2013/12/ideias-para-trabalhar-matematica.html

terça-feira, 25 de novembro de 2014

REFLEXÕES PEDAGÓGICAS A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DOCENTE EFETIVADA NO ESTÁGIO

Trabalho docente

Sabe-se que, o trabalho docente, como um todo, é de suma importância, para garantir que o processo de aprendizagem aconteça.                                                                  
No entanto, para que isso ocorra efetivamente, é necessário que haja uma grande mudança no papel do professor. A qual é definida, em uma frase, por “Rogéria Novo da Silva, autora do texto “Pensamento lógico e expressões formais da lógica”: “trazer e permitir perguntas e não dar respostas, antes das perguntas serem feitas!”                 
Partindo da afirmação de Rogéria, pode-se deduzir que, para que o professor possa “trazer e permitir perguntas”, é necessário, antes de mais nada, que o mesmo tenha o conhecimento real dos conteúdos a serem trabalhados com os alunos. Para isso, o educador, necessita ser um pouco pesquisador também, estudando e  pesquisando previamente os conteúdos propostos. Além disso, deve preparar-se para o imprevisto, pois, poderão ocorrer certos questionamentos por parte dos alunos, que podem não estar em seus planos, tão pouco, nas respostas prontas dos livros didáticos.                                                                                                                                 
É importante também, que o professor tenha o conhecimento da organização da sala de aula.                                                                                                                         
Neste sentido, vale a pena citar, alguns momentos observados durante o período de estágio que confirmam isso.                                                                                   
Por exemplo, na “hora do sono”, após o almoço, é preciso que o professor tenha conhecimento da organização dos colchões e roupas de cama de cada auno, ou mesmo, na entrada das crianças em sala de aula, é necessário que, o professor tenha conhecimento da organização das classes e cadeiras onde cada aluno senta. Principalmente, na Educação Infantil, o ideal seria, que as mesmas, fossem identificadas com o nome das crianças.                                                                                         
Estes e outros momentos, são imprescindíveis para que haja um bom andamento na rotina da turma.                                                                                                         
Outro fator importante, é o conhecimento que o professor necessita ter do encaminhamento das propostas. Um planejamento bem feito é fundamental para uma boa execução das propostas, e, para que, o processo de aprendizagem ocorra com sucesso.                             
“A criança já possui conhecimentos, em diferentes abrangências, determinados pelas experiências que possui antes mesmo de entrar na escola.” (Rogéria Novo da Silva)                  Partindo da linha de pensamento da autora “Rogéria Novo da Silva”, pode-se afirmar que, os conhecimentos prévios que a criança possui devido as suas experiências antes de ingressar na escola, com os familiares e com a comunidade onde vive, deve ser considerado pelo professor, no momento de pensar o processo de ensino-aprendizagem.                                  
É necessário que, o educador seja também um investigador, buscando conhecer a realidade dos alunos, com o intuito de, elaborar propostas condizentes com a mesma, podendo assim, aproveitar o conhecimento prévio das crianças e, por conseguinte, ter maior sucesso no aprendizado das mesmas.                                                       
Por fim, é importantíssimo que, o educador, reconheça os processos de construção do conhecimento. Partindo do “princípio metodológico que visa tratar o ensino e a aprendizagem como provocações do processo de construção do conhecimento por parte do sujeito e não como apropriação das generalizações feitas pelo outro." (Rogéria Novo da Silva)                                                                                                 
Neste sentido, cabe ao professor, criar situações em que leve o aluno a buscar respostas para os questionamentos levantados, através de experiências e vivências propostas em sala de aula, que reproduzam a realidade vivida pela criança no seu cotidiano.                          Sendo assim, “a educação não pode ser mais baseada em um fazer descompromissado, de  realizar tarefas e chegar a um resultado igual a resposta que se encontra no final do livro texto, mas do fazer que leva ao compreender, segundo a visão piagetiana.” (Trecho extraído do texto “Mudanças na Sociedade, Mudanças na Educação: O Fazer e o Compreender”, de José Armando Valente).          

     

A Política Nacional para a Educação Inclusiva: Avanços e Desafios

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Educação

Educação no Brasil

A educação no Brasil, segundo o que determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) deve ser gerida e organizada separadamente por cada nível de governo. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação.
Segundo dados da UNESCO, em 2012, o analfabetismo ainda afetava 8,7% da população (ou 13,9 milhões de pessoas). Além disso, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE, 18,3% dos brasileiros eram classificados como analfabetos funcionais em 2012. No entanto, o Instituto Paulo Montenegro, organização vinculada ao IBOPE, estimou que cerca de 27% dos brasileiros eram analfabetos funcionais em 2012. Estes índices, no entanto, variam muito entre os estados do país. Segundos dados do IBGE, em 2011 o tempo médio total de estudo entre os que têm mais de 25 anos foi, em média, de 7,4 anos. A qualidade geral do sistema educacional brasileiro ainda apresenta resultados fracos. No Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2012, elaborado pela OCDE, o país foi classificado nas posições 55ª em leitura, 58ª em matemática e 59ª em ciências, entre os 65 países avaliados pela pesquisa.
O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós-graduação Stricto Sensu ou Lato Sensu. Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio, desde que o aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou auditiva. Outro requisito é ter um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma prova realizada pelo Ministério da Educação, utilizada para avaliar a qualidade do ensino médio e cujo resultado serve de acesso a universidades públicas através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O Enem é o maior exame do país e o segundo maior do mundo, atrás somente do vestibular da China. Em 2012, cerca de 11,3% da população do país tinha nível superior.
A educação brasileira é regulamentada pelo Governo Federal, através do Ministério da Educação, que define os princípios orientadores da organização de programas educacionais. Os governos locais são responsáveis por estabelecer programas educacionais estaduais e seguir as orientações utilizando os financiamentos oferecidos pelo Governo Federal. As crianças brasileiras têm que freqüentar a escola no mínimo por nove anos, porém a escolaridade é normalmente insuficiente. A Constituição Brasileira de 1988 estabelece que "educação" é "um direito para todos, um dever do Estado e da família, e está a ser promovida com a colaboração da sociedade, com o objetivo de desenvolver plenamente o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação nos trabalhos com vista ao bem-estar comum;
  • preparar os indivíduos e a sociedade para dominar recursos científicos e tecnológicos que permitirão a utilização das possibilidades existentes para o bem-estar comum;
  • defesa, difusão e expansão do patrimônio cultural;
  • condenando qualquer tratamento desigual resultante de cunho filosófico, político ou de crença religiosa, assim como qualquer classe social ou de preconceitos raciais.
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil>
Acesso em: 24 nov. 2014