EJA
NO CONTEXTO ATUAL Maria
Jurema dos Santos
Após muitos fóruns pelo país, a EJA
conseguiu chamar atenção e respeito, inclusive colocando o país em destaque internacional.
E apesar da preocupação e o interesse em manter diálogos que demonstrem a
realidade dos alunos de inclusão, continua a sua luta por maior amplidão nas
leis de proteção ao aluno de EJA. Seja para buscar novas estratégias políticas ou para atualização do currículo pedagógico,
etc.
“Uma educação prática, democrática,
inclusiva e popular”... VII Encontro(...) MOVA Brasil.
Tenho lido sobre EJA no momento atual, sei que muito vou
aprender ainda, mas uma citação de Paulo Freire me faz pensar em minha cidade. Como
diz o texto:
”O que não aceito como viável
de um ponto de vista democrático e radical- é que os programas, quer nos campos
da educação, do abastecimento, do transporte, da saúde, sejam feitos por uma
pessoa ou uma equipe distanciadas das massas populares, que não são
perguntadas, ouvidas ou indagadas em torno dos seus sonhos...seus mitos...suas
esperanças. Nem mesmo em torno de sua vontade, maior ou menor, de estarem
presentes no processo de transformação de sua cidade.”
Entrevista com Paulo Freire. www.vereadorchicomacena.com.br
Em
minha cidade os recursos para a educação são iguais, mas, ainda é fragmentado o
processo. Os alunos de EJA da cidade (todos os bairros), passaram a ser
atendidos em uma única escola do município
num espaço unificado. O ensino médio em outra escola.
Questiono
se foram ouvidos os mais interessados nesta decisão, os alunos. Sem saber dessa
mudança vários alunos tiveram que parar de estudar,apesar de a prefeitura
disponibilizar um ônibus para transporte,os horários não coincidiram para
alunos que estudavam perto de suas casas e trabalhavam na cidade vizinha.Em
conversa que tive com alunos do EJA essa
atitude foi por causa da política de educação, que entendeu como mais
viável juntar os alunos por número ,sem observância
das necessidades dos alunos , realmente deve ser difícil pensar em indivíduos
únicos. Por que não poderia continuar tendo aula para os alunos de EJA em todas
as escolas do município? Compreendo as dificuldades do sistema, mas, e os
direitos dessas pessoas?...(A sorte dos alunos dessa cidade, é que eu também
conheci os profissionais(professores), que trabalham na escola e lutam junto
dos alunos,para sanar as dificuldades encontradas no caminho.)
Então,
continua ainda a dificuldade, e a solução para
alunos excluídos! São poucos talvez aqui nesta região, mas, não é de
grão em grão que a galinha enche o papo? Todos devem ser contemplados com os
direitos comuns a todos. O aluno de inclusão merece respeito, para que haja
progresso, para que se tenha uma educação igualitária. Com autonomia, como
disse Paulo Freire. Com saberes compartilhados. Com políticas públicas que
realmente se interessem por dados de alunos sem uma boa educação.
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