Designa-se por letramento (português brasileiro) ou literacia (português europeu) o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita.
Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que, ou o que é versado em letras ou literatura; literato”
, e que agora passa a caracterizar o indivíduo que domina a leitura, ou
seja, que não só sabe ler e escrever (atributo daquele que é
alfabetizado), mas também faz uso competente e freqüente da leitura e da
escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização e como prática social que favorece aos sujeitos interpretar os discursos veiculados socialmente.
O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que vive em um ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de remédios, receitas culinárias e outros tipos de literatura
(ou em que se conversa sobre o que se leu, em que uns lêem para os
outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo com gestos e
ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança
cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio
cotidiano lhe favoreçam a atuação na sociedade grafo-cêntrica.
Por indicar uma vasta gama de práticas sociais no âmbito da cultura
escrita, o conceito letramento vem sendo acompanhado por adjetivos que
buscam delimitar cada uma de suas dimensões, sendo possível encontrar
estudos sobre letramento matemático, literário,
musical, científico, etc. Tal diversidade vem sendo objeto de vários
estudos, como os desenvolvidos por Rojo (2012) - Multi-letramento na
escola. São Paulo: Parábola, 2012.
Estudiosos afirmam que são muitos os fatores que interferem na
aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre
estes fatores o nível de letramento. Paulo Freire afirma que "na
verdade, o domínio sobre os signos linguísticos escritos, mesmo pela
criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o
precede – a da 'leitura' do mundo, que aqui chamamos de letramento.
E atualmente, o ensino passa por uma revisão, haja vista que as pesquisa Provinha Brasil
tem comprovado que embora escolarizada, um volume considerável de
estudantes apresenta grau insatisfatório de letramento. Ela(e) lê o que
está escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso
pode acarretar algumas limitações, pois se ele não interpreta ou
compreende corretamente, ele poderá ter dificuldades de aprendizagem em
diferentes disciplinas escolares. De acordo com Freire (1989, p. 58-9),
“(...) o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo
é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres
sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas
sabem mas sabem que sabem.”
Sendo assim, o professor tem um primordial papel no sentido de
transformar esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá
através de incentivos variados, no que diz respeito à leitura de
diversas tipologias textuais e também utilizando-se de exercícios de
interpretação e compreensão de diferentes tipos de textos, em que vários
tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados materiais
mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e
materiais mais modernos como Internet, blogs, e-mails, etc. Também
existem muitos jogos, materiais lúdicos e brincadeiras
que incorporam a leitura e tornam o aprendizado mais natural e um pouco
mais instintivo - principalmente por parte das crianças.
Portanto, mais importante que decodificar símbolos (letras e palavras), é preciso compreender a funcionalidade da linguagem
em suas representações oral e escrita, pois é assim que o sujeito
exerce sua cidadania e tem mais oportunidades de agir no mundo de forma
autônomo e crítica.
Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Letramento>
Acesso em: 21 nov. 2014
Este blog foi criado por alunos do Pólo da UAB de São Francisco de Paula, acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFPEL na modalidade EAD (2011 - 2014), para que através dele possamos trocar ideias, aprendermos juntos sobre essa profissão iluminada que é a de professor e juntos chegar ao nosso objetivo. Esperamos que gostem e possam contribuir conosco nessa cominhada longa, porém prazerosa.
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