Viviane Maristela Adams da Cruz
LOURO, Guacira Lopes. Currículo,
gênero e sexualidade: o “normal”, o “diferente” e o Excêntrico”. In: LOURO,
Guacira Lopes. NECKEL, Jane FELIPE. GOELLNER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero
e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 3ª ed. – Petropolis,
RJ: Vozes, 2007.
FACCO, Lúcia. A escola como
questionadora de um currículo homofóbico. In: SILVA, Joseli Maria.
SILVA, Augusto Cesar Pinheiro da. (org) Espaço, gênero e poder: conectando
fronteiras. Ponta Grossa, Todapalavra. 2011.
1 CREDENCIAIS DOS AUTORES
Guacira Lopes
Louro é doutora em Educação
e Professora Titular aposentada do programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Ajudou a fundar o GEERGE (Grupo de Estudos de
Educação e Relações de Gênero) e coordena este grupo de pesquisa desde 1990.Se
graduou em História em 1969 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fez
mestrado em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976) e
Doutorou-se também em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1986).
Em 2012 recebeu o prêmio Paulo Freire concedido durante a 35ª Reunião Anual da
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), que
ocorreu em Porto de Galinhas-PE. Tem no currículo diversos publicado livros
publicados, assim como artigos e capítulos que em sua maioria tratam de
questões de gênero, sexualidade e teoria queer sempre pensados pelo campo da
Educação.Publicações:
- Um corpo estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Autêntica Editora, 2004
- Currículo, gênero e educação. Porto Editora, 2001
- Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. Editora Vozes, 1997
- Prendas e Antiprendas. Uma escola de Mulheres. Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1987
- O corpo educado. Pedagogias da Sexualidade. Autêntica Editora, 2010
- Segredos e Mentiras no currículo. Sexualidade e gênero nas práticas escolares. In Luiz H. Silva (org.), A escola cidadã no contexto da globalização, Vozes, 1998
- Mulheres na sala de aula. In Mary del Priore (org), História das mulheres no Brasil, Editora Contexto, 1997
Lúcia Facco é graduada em Letras (português-Francês),
especialista e mestre em Literatura Brasileira, doutora em Literatura Comparada
pela Universidade do Estado do Rio de janeiro (Uerj), crítica literária e
escritora. Tem Várias publicações técnico-científicas, além de livros de
ficção. É autora dos livros As heroínas saem do armário (GLS, 2004), Lado B
(GLS, 2006) e Era uma vez um casal diferente (Summus, 2009). A preocupação com
a violência que permeia as relações entre “diferentes” está presente em seus
textos acadêmicos e em sua literatura, mas de uma maneira calma, que
tranqüiliza os seus leitores e lhes transmite a confiança em um mundo mais
pacífico. Mora com sua família “diferente” e seus bichos no Rio de Janeiro, no
charmoso bairro de Santa Teresa, onde tece histórias e reflexões.
Publicações:
- As guardiãs da magia. Editora Malagueta, 2008.
- As heroínas saem do armário. Literatura Lésbica Contemporanêa, Editora GLS, 1999.
- Era uma vez um casal diferente. Editora GLS, 2009.
- Lado B: Histórias de Mulheres. Editora GLS, 2006.
- Frente e verso, Visões da lesbianidade. Editora Brejeira Malagueta, 2011.
2 RESUMO
DAS OBRAS
O primeiro texto: Currículo, gênero e
sexualidade: o “normal”, o “diferente” e o “Excêntrico”, relata as
transformações que tem acontecido ao longo do tempo, assim como, faz com que
seja observado que existem outras culturas, outras vontades e anseios e que
hoje já é observado que não existe como a sociedade “exige” uma única maneira
de ser que por ela é considerada “normal”, mas também outras muitas maneiras de
ser e acreditar nos acontecimentos e que da mesma maneira são normais, e devem
ser respeitados visto que não existe um único modo de ser e agir.
Louro
2007 diz:
“Uma noção singular de gênero e
sexualidade vem sustentando currículos e práticas de nossas escolas. Mesmo que
se admita que existem muitas formas de viver os gêneros e a sexualidade, é
consenso que a instituição escolar tem obrigação de nortear suas ações por um
padrão: haveria apenas um modo adequado, legítimo, normal de masculinidade e de
feminilidade e uma única forma sadia e normal de sexualidade, a
heterossexualidade; afastar-se desse padrão significa buscar o desvio, sair do
centro, tornar-se excêntrico.(pág 43 e 44)”
Sendo assim as escolas sabendo dessas
diferentes formas de ser e agir ela ainda segue um padrão, sendo que assim ela
acaba não respeitando as diferenças existentes nos próprios alunos que deveriam
ser sua prioridade.
Também me faz pensar que se uma pessoa
está fora desse “padrão” é considerada uma aberração, com uma doença e que por
isso deve ser desrespeitada até mesmo com o intuito de que volte ao seu estado
“normal”, mas nesse caso onde está o respeito pelo próximo, se o normal fosse
gostar de medicina todos teriam que ser médicos ou estariam fora do padrão que
a sociedade determinou.Não vejo esse como o caminho, as pessoas precisam ser respeitadas, pois todos têm direito a ter suas próprias escolhas.
O segundo texto: A escola como questionadora de um currículo homofóbico, relata que a escola como espaço de formação e sendo uma “mini” sociedade com diversas culturas, acaba sendo um dos espaços onde ocorre a discriminação.
Com tudo isso algumas pessoas acabam
“escondendo” quem realmente são para que assim sejam considerados “normais” e
principalmente para que não sejam vítimas do preconceito da sociedade em geral,
deixando assim de agir naturalmente e fazendo coisas que os mesmos não têm
vontade para não se tornarem vítimas de uma sociedade que em minha opinião é
totalmente sem escrúpulos, desrespeitosa e sem amor ao próximo e a si mesmo,
pois pune seus semelhantes por suas escolhas.
A escola não está acompanhando as
mudanças que vem acontecendo, talvez esse seja um dos motivos para que com o
tempo muitos alunos desistam de ir à escola, pois se ela é para ensinar,
deveria também ensinar que existem “diferenças” entre as pessoas, mas não é por
isso que elas devem ser tratadas como diferentes.
Facco 2011 diz:
“Quando o estudante se apresenta de
maneira diferente, com comportamentos ou falas que indicam desejos diferentes
dos considerados “normais”, eles não são esquisitos em si mesmo. São nomeados
estranhos pelos colegas e professores, por não corresponderem ao modelo que se
espera deles, embora essa concepção de “diferente” seja absolutamente
subjetiva, variando de acordo com o ponto de vista de cada um. (pág 28)”
É absurdo que o professor discrimine seu aluno, sendo que ele está ali para ensinar e principalmente para dar o exemplo, um aluno que ve seu professor discriminando outro colega tem a possibilidade de fazer o mesmo, visto que muitas vezes os alunos são observadores de seus professores e se espelham neles, em suas ações, suas falas e muitas vezes chegam a “discutir” em casa dizendo que tal coisa é daquela maneira porque o professor falou que era.
O mesmo precisa estar atento, pois ele
querendo ou não acaba sendo um formador de opinião, por isso é preciso ter
cuidado com o que se passa aos alunos.
3 CONCLUSÃO
DA RESENHISTA
Em ambos os textos está sendo relatada a discriminação, tanto na escola
que deveria ser a primeira a educar para as diferenças como nos outros espaços
de convívio social.
É
inaceitável que com tantas mudanças que vemos em nosso dia a dia tanto para o
bem como para o mau, as pessoas ainda discriminem seus semelhantes pela sua
cultura, cor, condição social, por ser mulher ou por sua opção sexual, cada um
tem suas próprias vontades, é sua escolha e não é possível que as pessoas que
tem opções “diferentes” ainda precisem se esconder vivendo vidas que não é a
que desejam para agradar uma sociedade que determinou o que é certo e o que é
errado, pois nada está totalmente certo ou totalmente errado.
É
sempre possível fazer adaptações a tudo e o que era certo pode dar errado assim
como o contrário, independente de qualquer coisa o respeito deve ser prioridade
total.
4 CRÍTICA DA RESENHISTA
As leituras trazem muitos
esclarecimentos a respeito do assunto gênero e sexualidade, através das mesmas
podemos ver que a nossa sociedade ainda está muito mal “informada” a respeito
principalmente das escolhas sexuais, a escola que deveria ensinar muitas vezes
acaba sendo mais uma das causadoras desse desrespeito que envolve até mesmo os
professores que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo.
Não entendo como é possível que ainda
existam essas discriminações em um mundo aonde a informação chega de todas as
formas através das novas tecnologias que estão por todas as partes, é
fundamental que mudanças aconteçam para que todos passam viver da maneira que
desejam e não como a sociedade acredita estar correto.
5 INDICAÇÕES DA
RESENHISTA
As leituras têm o objetivo de mostrar que mesmo em
um mundo de muitas mudanças o preconceito ainda está presente em todas as
partes, as pessoas ainda precisam esconder quem são e viver vidas que não
desejam viver, mas vivem para não sofrer discriminação, passando inclusive por
situações nas quais ouvem o preconceito e não podem fazer nada a respeito com
medo de se expor.
Esses textos também nos fazem pensar a respeito de
como agir principalmente quando professores, em como lidaremos com essas
diferenças dentro de nossas salas de aula.
Referências Bibliográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guacira_Lopes_Louro
Acesso em 27-07-2014
https://www.gruposummus.com.br/gruposummus/autor//L%C3%BAcia+Facco
Acesso em 27-07-2014
http://www.skoob.com.br/autor/5865-lucia-facco
Acesso em 27-07-2014
Acesso em 27-07-2014
https://www.gruposummus.com.br/gruposummus/autor//L%C3%BAcia+Facco
Acesso em 27-07-2014
http://www.skoob.com.br/autor/5865-lucia-facco
Acesso em 27-07-2014
LOURO,
Guacira Lopes. Currículo, gênero e sexualidade: o “normal”, o “diferente” e o
Excêntrico”. In: LOURO, Guacira Lopes. NECKEL, Jane FELIPE. GOELLNER, Silvana
Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 3ª
ed. – Petropolis, RJ: Vozes, 2007.
FACCO,
Lúcia. A escola como questionadora de um currículo homofóbico. In:
SILVA, Joseli Maria. SILVA, Augusto Cesar Pinheiro da. (org) Espaço, gênero
e poder: conectando fronteiras. Ponta Grossa, Todapalavra. 2011.
Esta resenha foi feita a partir da discussão do tema Gênero e Sexualidade e Espaço Escolar.
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